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quarta-feira, 3 de junho de 2009

CLIMA TENSO: A POLÍCIA DO SERRA AMEAÇA REPRIMIR O GREVISTAS NA USP


Funcionários da Universidade de São Paulo (USP), em greve desde o dia 5 de maio, voltaram a fechar prédios do campus da capital, um dia após a Polícia Militar cumprir medida judicial que desbloqueou dez portarias em sete prédios. De acordo com Magno Carvalho, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), o prédio da Reitoria foi fechado com faixas, às 5h30.
A assessoria de imprensa da USP confirmou que os funcionários da Reitoria não entraram no prédio nesta terça-feira por terem sido impedidos pelos grevistas. Para a assessoria, trata-se de descumprimento de ordem judicial. A USP obteve na Justiça reintegração de posse, cumprida na segunda-feira (1º), por cerca de 150 policiais.Já o sindicalista diz que os funcionários do prédio aderiram espontaneamente à paralisação, sem a necessidade de barreira física no local. O diretor do Sintusp também informou que servidores da prefeitura da USP, do Centro de Práticas Esportivas (CEPUSP), de quatro restaurantes e do prédio da antiga reitoria voltaram a fechar essas unidades.Um ato foi realizado nesta terça-feira em frente à Reitoria em repúdio à presença dos policiais no campus da capital. Magno Carvalho também relatou tumulto no campus em que policiais teriam tentado prender um diretor do sindicato.Segundo ele, uma aluna quis entrar no CEPUSP, foi impedida pelos grevistas e teria acionado a polícia. Uma viatura da polícia foi ao campus, mas os grevistas teriam impedido os policiais de levar um dos sindicalistas. O incidente ocorreu por volta das 12h30 desta terça-feira.
Campanha salarialA proposta de reajuste salarial a funcionários e professores feita pelo (Cruesp) é de 6,05%. Os funcionários pedem reajuste de 16% - reposição da inflação dos últimos 12 meses mais 10% de reposição de perdas anteriores -, além de incorporação de R$ 200 ao salário.
Serra reage à greve na USP com repressão e Tropa de Choque
A Universidade de São Paulo se tornou, novamente, alvo de uma repressão desmedida do governador José Serra (PSDB). A Cidade Universitária amanheceu, nesta segunda-feira (1), completamente sitiada pela polícia. Em cada unidade, há pelo menos uma viatura, e em frente ao prédio da reitoria há uma concentração de dezenas de policiais.
Tudo isso devido a um movimento de greve de professores e funcionários da instituição. Os trabalhos da USP estão paralisados desde o dia 5 de maio e levantam a bandeira pelo aumento salarial, contra a ameaça de demissão de 5 mil trabalhadores, pelas demandas do hospital universitário e outras pautas específicas, além da reintegração de Claudionor Brandão, diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).
A demissão de Claudionor é produto da perseguição política aos trabalhadores e ao sindicato, protagonizada pela reitoria e pelo governo do estado. Trata-se de uma política marcada pela prática anti-sindical e antidemocrática, que abre um gravíssimo precedente para todos os trabalhadores brasileiros. É inegável a expedição tucana contra a legítima mobilização em defesa da democracia na universidade sofram esta coerção policial.
"Os policiais estão com uma atitude provocativa frente aos trabalhadores, arrancando as faixas dos grevistas, buscando abertamente causar incidentes. Isso se dá justamente após a reitoria, apoiada pelo governo do estado, ter suspendido as negociações com os trabalhadores de maneira completamente arbitrária", relata a Comissão de greve.

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