USUÁRIOS ON LINE

CONTADOR DE LEITORES E VISITANTES

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Walter Sorrentino: por que Ciro em São Paulo?

Foi importante a tese defendida por André Singer em 21 de dezembro, na Folha de S.Paulo. Em síntese fez a defesa de Ciro em contraponto à aliança PT-PMDB “que faz mal ao país e ameaça o PT”. A principal conclusão foi a de que o PT devia buscar diálogo com os vizinhos de centro-esquerda e esquerda. “Pular sobre essas forças sem discussão programática alguma é negar o sentido ideológico da escolha”, ou seja, leva a “negar os princípios que o PT deseja representar”.

Por Walter Sorrentino*
Respeitáveis argumentos, defendidos com a costumeira elegância por Singer. São indicativos de Ciro como candidato a vice-presidente de Dilma.

Mas defendo que Ciro seja candidato a governador por São Paulo.

São Paulo ocupa o centro da cena política nacional e as forças que encabeçaram o ciclo de desenvolvimento dos últimos oito anos ganhariam mais com Ciro Gomes para polarizar o debate eleitoral. São Paulo não é apenas mais uma unidade da federação, mas centro da disputa política nacional. Não pode ser subestimado.

São Paulo precisa no debate eleitoral de uma lufada de debate político que saia do círculo vicioso a que a polarização PSDB-PT o circunscreveu.

Ciro é o nome mais denso. Seu nome é a opção certa, e a melhor, para o governo de São Paulo. Na disputa nacional que terá lugar em outubro, não é de somenos importância dedicar um quadro como Ciro à disputa de São Paulo.

Em parte pelos mesmos argumentos de Singer, em primeiro lugar os atributos pessoais. Ciro é homem de ideias, com conceitos próprios, preparado e bom polemista. Tem afoiteza verbal movida pelo compromisso com o Brasil e seu desenvolvimento. É leal nos compromissos.

Foi Ciro quem demarcou com seu partido PSDB quando, há pouco mais de 15 anos, compreendeu a necessidade de se opor ao sentido neoliberal representado por FHC. É quem melhor compreende o transformismo dos tucanos, incluído Serra.

Ele, ladeado pelas forças amplas que se dispõem a apoiá-lo, pode desvendar a “conta” de São Paulo após 16 anos de governos tucanos. Como afirmei em outro artigo, os tucanos perderam a capacidade crítica de pensar São Paulo e seus desafios neste momento de relançamento de ciclo neodesenvolvimentista brasileiro.

O fiscalismo tucano e a falta de ativismo do Estado é muito tacanho. São Paulo fez obras, mas num ritmo incompatível não só com o desenvolvimento acelerado do Brasil, como também com os próprios padrões de civilidade pública. Índices na segurança pública, educação, saúde, trânsito e transporte público, mortalidade entre jovens, e bens culturais segregados, são alguns dos sinais de fadiga percebidos pela população. Decididamente, não estão ao nível de uma metrópole mundial depois de 16 anos.

Ciro em São Paulo, vindo de uma força importante como o PSB, pode agregar tanto quanto ou mais que uma candidatura do PT. Além de PT, as forças que compuseram o bloco de esquerda, além de segmentos sociais e empresariais. Candidato ao governo, pode vencer ou, mesmo na hipótese contrária, acrescentar forças e perspectivas para o futuro.

O PT com isso fará um gesto na direção indicada por Singer. Buscar em seus parceiros da esquerda e centro-esquerda as forças com que se pode liderar — hegemonizar — não apenas com força política de aparato, mas com liderança programática, intelectual e moral sobre o novo Brasil que está sendo gestado por Lula.

De fato, o PT tem nomes destacadíssimos para a própria disputa a governador (Marta, Palocci, Emídio, Mercadante, Haddad, Arlindo, Suplicy…). Ciro não fica atrás de nenhum deles. Mas a questão não é essa — e, sim, a de sinalizar, a partir da simbologia de São Paulo, um PT como maior partido de um campo de forças de esquerda e centro-esquerda, dominante, mas por outros caminhos, líder de um bloco histórico de forças.

Para Ciro candidato a governador de São Paulo, há tempo. Até março, naturalmente, se pode definir, pois que as forças que animam a candidatura têm tradição e força no cenário de São Paulo. Não se está perdendo o timing, pode haver tranquilidade até lá.

Quanto à aliança de Dilma-PT com PMDB, é uma necessidade lógica. Em termos programáticos, parece muito claro um projeto desenvolvimentista conduzido por Lula e Dilma, com apoio de numerosas forças de esquerda e de centro. Sob essa hegemonia, não há ameaça programática com a vinda do PMDB.

Enfim, o tabuleiro está posto e tem que ser composto. No sudeste do país, a oposição tem cancha em São Paulo, Minas gerais e, agora, Rio de Janeiro. Da parte de Dilma, é preciso uma forte alternativa de sustentação nesses estados. No Rio o caminho já está traçado. Ciro resolve a equação de São Paulo. Restará Minas, onde o PT e PMDB dependem da armação nacional.

* Walter Sorrentino é secretário de Organização do PCdoB

RAPIDINHAS

PT I
Augusto Lobato líder de umas tendências mais fortes do PT maranhense manifestou em uma reunião do seu grupo o apoio a pré-candidatura do dep. Flavio Dino PC do B ao governo.
PT II
dirigentes do PT de Imperatriz já manifestaram o seu apoio a pré-candidatura de Flavio Dino ao governo e provavelmente o direção do PT imperatrizense fará um ato em conjunto com o PC do B e PSB na cidade.
Chuvas
As chuvas já estão chegando novamente e São Luís continua na buraqueira e a prefeitura não consegue dar resposta a essa situação.
Asfalto manteiga I
A prefeitura de São Luís já gastou mais de 29 milhões na operação “São Luís trafegável” o problema é que o asfalto aplicado é de péssima qualidade e claro que já foi constatado pela população.
Asfalto manteiga II
Bastaram algumas chuvas para que o asfalto de João Castelo já se desfizesse todo que por sinal foi muito caro.
Asfalto manteiga III
Ninguém consegue explica que tipo de asfalto é esse uma raspa ou uma cama bem fina que é aplicada nas ruas e avenidas tendo pouca duração.
Asfalto manteiga IV
É visível pelas ruas da cidade uma mistura desse asfalto com o antigo ambos se desfazendo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

PSDB AFIRMA QUE VAI ACABAR COM O PAC


O Senador Artur Virgílio, confirmou o que tinha dito a Ministra Dilma Rousseff, sobre a intenção do PSDB do Governador Serra, acabar com o PAC se eleito. Artur Virgilio esbravejou ontem, afirmando que, o PAC não serve para nada é pura propaganda.

O líder do PSDB na Câmara Federal, Jose Aníbal, afirmou em entrevista a revista veja que o PSDB não daria continuidade ao PAC caso Serra ganhe as eleições. A reação da população em relação a essa afirmação foi tão grande que os Tucanos ainda estão tontos sem saber como sair dessa encurralada e começam agora a espernear no Congresso diante da afirma de Dilma.

O certo é que por oito anos o PSDB reduziu o Estado ao mínimo que pode e vendeu as principais empresas nacionais e não vai deixar que o Estado Brasileiro, construa grandes obras, como transposição do São Francisco, Refinarias, Trem bala e outras de interesse da população, pois para eles esse não deve ser feito por iniciativa publica.

O mais interessante é que os lideres do PSDB afirmam que vão acabar com os Programas do Governo Lula e entram em pânico quando a Ministra Dilma fala isso ao povo, mostrando claramente o que significa ser governado pelo PT e pelo PSDB.

SERRA ADOTA NEW LOOK

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ciro Gomes e Flávio Dino: A salvação para Lula e o PT


O presidente Lula anda muito decepcionado consigo mesmo, ele não consegue administrar o conflito óbvio entre o pragmatismo que o obriga a fazer as mais escusas alianças e o idealismo que fez dele o maior líder da esquerda do Brasil, da América Latina e quiçá do mundo nos últimos tempos. Lula Presidente, foi sem duvidas o presidente que mais abriu concessões ideológicas(se é que isso existe) na historia do Brasil. Nunca na história desse país um presidente cedeu tanto a tanta gente como Lula.

Na presidência inventou a tal da governabilidade (palavra usada pra montar a base do governo com quer que seja) que o fez refém do que há de pior na política brasileira. Partidos como o PTB, de Collor e o PMDB de Sarney, são hoje o motivo do grande mal estar do presidente e isso está causando grande conflito no planalto.

Lula perde o sucessor

O PTB de Roberto Jefferson deu origem ao escândalo do mensalão, 1º grande escândalo do governo Lula, na ocasião Roberto Jefferson abriu o bico e contou tudo que acontecia nos bastidores da “Governabilidade”. O mensalão começou a destruir o grandioso projeto petista de comandar o país, isso porque o PT viu o sucessor de Lula sendo julgado pela imprensa e condenado pela câmara a anos de ostracismo político. José Dirceu seria hoje, se tudo transcorresse normalmente o candidato de Lula e do PT a presidência, Dirceu com certeza estaria colado na popularidade de Lula e muitíssimo bem posicionado nas pesquisas. Lula sabe disso. E isso perturba Lula. Tudo por causa da tal governabilidade.

Maior parte pro PMDB

Por causa dessa invenção Lula foi obrigado a fatiar grande parte do Governo com o PMDB. Não perca a conta: Ministério da Integração Nacional, das Comunicações, da Defesa, das Minas e energia, da Saúde e Agricultura, além do Banco Central e é claro, com o aval de Lula, As presidências da Câmara e do Senado. Tudo isso para manter a governabilidade.

Partido olho gordo

Mas isso não enche os olhos do partido do Sarney, eles querem mais. Em troca de apoio a candidata do PT Dilma Rouseff, o PMDB quer a indicação do vice na chapa petista, fora o apoio do PT nos estados em que disputa o Governo, como é o caso de Minas Gerais onde querem emplacar o ministro Hélio Costa das comunicações, barrando assim a candidatura petista de Patrus Ananias ou do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, pré-candidatos do PT ao governo do estado, essa disputa tem deixado o PSDB mineiro animado já que o candidato tucano o vice-governador Antonio Anastásia corre por fora e segundo a ultima pesquisa subiu de 4,5 % para 13%. O PMDB inclusive ameaça não apoiar Dilma se não tiver o PT no palanque de Hélio Costa em Minas.

Na Bahia o governador petista Jacques Wagner é candidato a reeleição e tem mais de 40% segundo as ultimas pesquisas, mas o PMDB novamente não abre mão de lançar candidato próprio, por lá Gedel Vieira Lima, que é ministro de Lula aparece nas pesquisas com pouco mais de 10%, mas o PMDB não quer abrir mão de lançá-lo candidato, o que fatalmente, fortalece a candidatura do ex-governador Paulo Souto (DEM) que tem entre 20 e 23 % nas pesquisas.

No Maranhão a situação é no mínimo constrangedora ao Presidente Lula e ao PT. Quem imaginaria que um dia havíamos de ver o PT no Maranhão tão perto de Sarney e o Presidente Lula no palanque de Roseana com tal desprendimento? Mas nem tudo o que parece é. Lula na verdade acorda todos os dias pedindo que o belisquem pra acordar do pesadelo que o atormenta. Lula estar profundamente envergonhado por estar prestes a apoiar Roseana Sarney no Maranhão.

Com Dilma é mais difícil

Lula busca a todo momento uma saída viável que não atrapalhe o projeto petista de manutenção do poder no país. A saída não é tão simples, mas é perfeitamente possível. Senão vejamos: Todo mundo sabe que a candidata petista Dilma Rouseff, tem dificuldades políticas para engatar sua candidatura, uma vez que lhe faltam alguns adjetivos essenciais para um candidato bem sucedido, faltam a Dilma além do carisma e simpatia, uma história de lutas que a referendem junto ao povo. Em não sendo uma grande líder popular como Lula e não tendo a história do Lula com a devida proporção que a candidatura presidencial exige, dilma teria que ter alguma experiência administrativa que a credenciassem como referencia frente a outros nomes de peso e com vasta experiência como Serra, Ciro e Aécio. E Dilma não tem.

Com a ausência de Zé Dirceu o PT teve que inventar a Dilma por falta de quadros que pudessem suceder Lula. Mas Dilma não avança. Mas pode ser eleita sim, basta que o PT esteja devidamente alinhado ao PMDB nos estados, ou seja, Lula elege Dilma mas acaba com o PT, destrói o partido que construiu ao longo de décadas. No Maranhão por exemplo o PT se vê cada vez mais próximo do palanque da oligarquia que sempre combateu, tudo por causa de Dilma.

Lula mais forte com Ciro

Lula porém esta convencendo-se de que o prazo para o crescimento de Dilma está se esgotando e se ela não avançar nas pesquisas o PT terá que recorrer ao plano b, e o plano b é Ciro Gomes. Lula sabe que Ciro tem gordurosa densidade eleitoral no nordeste e tem forte penetração nas regiões sul e sudeste. Fácil. Ciro com o apoio de Lula é imbatível.

A candidatura de Ciro é boicotada diariamente pela mídia nacional e pelo PMDB, afinal a candidatura de Dilma é o trunfo de que precisam para arrancar até as calças de Lula. Sabem também que se o candidato for Ciro a festa peemedebista acaba. Ciro vence fácil no Maranhão, sem Roseana e cia. Vence fácil na Bahia sem precisar de Gedel e consolida a aliança PSB, PCdoB e PT no estado. E o melhor Ciro vence em Minas Gerais, onde Aécio tem voto mais não passa voto a niguém. Vence no Rio e tem grande chance em São Paulo. Fácil. Não precisa raciocinar muito pra isso não.
´
"Apoio a Roseana pra eleger Dilma"

No Maranhão ainda tem um fator que preocupa os Sarneys. Se a Dilma não for candidata, Lula não precisará mais de Roseana. O PT não precisará mais aliar-se com o PMDB no estado, e estará livre pra compor com o PcdoB na candidatura de Flávio Dino ao Governo de Estado. Lula então teria que estar no palanque do PT, PSB e PCdoB no Maranhão, o que o impediria de estar com Roseana, inclusive porque o PcdoB, que é um aliado histórico, centraria forças no Maranhão e não aceitaria comportamento dúbio por parte do Presidente. Mesma imposição faria o PSB a Lula uma vez que tem 3 governadores em 3 importantes estados do nordeste (CE, PE e RN), não aceitaria que Lula apoiasse Roseana em hipótese alguma. Afinal Lula não vai de indispor com PSB que tem 3 governadores só pra eleger Roseana. Isso é utopia. Lula não é burro.

Se Dilma conseguir se viabilizar e for candidata, ainda assim Roseana corre riscos. Isso porque a Candidatura de Flávio Dino fará com que o PCdoB e o PSB pressionem Lula a apoiá-lo no Maranhão, o que trará dor de cabeça a oligarquia. Assim como Ciro Gomes, Flávio Dino também é boicotado diariamente pela mídia sarneysta que insiste em desmobilizar sua candidatura ao governo, sabem que Flávio é perigoso, é um candidato diferente, tem adjetivos que preenchem o ideário do povo maranhense, que vem demonstrando nas ultimas eleições que quer uma mudança de quadros na política maranhense, vide o fenômeno Bira em 2006 e o próprio Flavio Dino em 2008.

Portanto, ouso afirmar que Roseana só terá o apoio de Lula se Dilma for a candidata. Mata o PT, mas elege Dilma.

Se o Candidato for o Ciro, o candidato do Lula no Maranhão é Flávio Dino pelas razões obvias que foram expostas com riqueza de detalhes mais acima.

Se o Ciro não for o candidato do Lula, ainda assim Flávio Dino é candidato ao governo (afinal a candidatura dele não esta condicionada a isso) e impede a presença de Lula no palanque peemedebista no 1º e no 2º turno, esteja onde estiver o PT... Questão de conjuntura nacional (PCdoB/PSB) Duvido que Lula apóie os Sarneys com Flávio no 2º turno. É esperar pra conferir.

Esse sem duvidas é o caminho mais fácil pro Lula e pro PT, e é o melhor caminho para o Maranhão e o Brasil.

Opinião nossa. Nada demais!

REPRODUZIDO DO BLOG http://www.netopsb.blogspot.com/

FLAVIO DINO REAFIRMA SUA PRE-CANDIDATURA AO GOVERNO


http://blog.flaviodino.com.br/
Candidatura a governador
Intensificaram-se nos últimos dias os debates acerca de minha pré-candidatura a governador. Isso é muito bom, pois demonstra o enorme potencial de polarização e crescimento da candidatura.
Reitero mais uma vez a nossa crença fundamental: a esquerda maranhense, o campo democrático-popular, os progressistas precisamos ter uma alternativa própria na eleição estadual do Maranhão. Uma alternativa que nos tire do atraso, olhando para a frente, para o futuro. Não há nenhum fato novo que altere essa visão, já tantas vezes manifestada.
Sou o presidente estadual do PCdoB e componho a sua direção nacional, inclusive a comissão executiva (comissão política nacional). Em todas as instâncias partidárias temos debatido a situação do Maranhão, e até aqui as deliberações são todas no mesmo sentido: manter a pré-candidatura e viabilizá-la, com a celebração de alianças políticas e sociais.
Subjetivamente, estou feliz e tranquilo, pronto para uma grande batalha. Quando decidi renunciar ao cargo de juiz federal, depois de 12 anos de exercício de tão estimada função, demonstrei estar disposto a desempenhar todas as tarefas que fossem necessárias para a construção de um Brasil e de um Maranhão à altura das nossas esperanças.
Portanto, qualquer mudança de rumos não depende da minha vontade pessoal. E sim de um debate amplo e público, no âmbito do meu partido e dos demais partidos que manifestam uma simpatia inicial em favor do meu nome.
Assim seguiremos, sem ansiedades, e com muita dedicação à causa da transformação de nossa sociedade.
Mais uma vez, aí vai: o PCdoB apresenta a pré-candidatura de Flávio Dino para governador do Maranhão. E eu aceito, com muita alegria e disposição.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Movimento decide pedalar até o FSM em 2010

Blog de ciclistas de São Paulo apresenta um projeto ousado para este início de 2010: pedalar de São Paulo (SP) a Porto Alegre (RS) para participar das atividades do Fórum Social Mundial (FSM), que ocorrem na cidade gaúcha entre 25 e 29 de janeiro.
Arte: Cabelo

Arte do projeto "Pedal Fórum Social Mundial - um outro trânsito é possível"
"Tudo começou com uma conversa, depois se transformou em sonho...logo virou um projeto e em breve será uma realidade". Assim começa a apresentação do ousado projeto de um grupo de ciclistas que pedalam por um mundo diferente em São Paulo e em todo o país. Trata-se do "Pedal Fórum Social Mundial - um outro trânsito é possível", organizado pelos membros do Blog Pedalante.

A cicloviagem percorrerá 1200 quilômetros, partindo de São Paulo até Porto Alegre. As pedaladas garantirão a participação do movimento no Fórum Social Mundial, cujas atividades ocorrem em Porto Alegre entre os dias 25 e 29 de janeiro. Para chegar a tempo, a viagem está prevista para ter início nesta quarta-feira (6/1) e segue até o dia 23. Segundo os organizadores, não se trata de uma ação de "amalucado e nem super-herói", eles argumentam que uma viagem de bicicleta envolve qualidade de vida, baixos custos e um bom planejamento.

O Brasil a pedaladas

Os participantes do blog alegam que andar de bicicleta é uma forma de "nos aproximar do nosso entorno, de interagir com este contexto e de descobrir novos lugares, pessoas e paisagens". Os organizadores da jornada afirmam que "a velocidade de nossa bicicleta será o ideal para não perdermos os detalhes sócio-culturais das diversas regiões que iremos percorrer e que nossa cicloviagem criará empatia com os moradores das diversas localidades (SP, PR, SC e RS) possibilitando a troca de vivências e saberes".

Além do blog, os pedalantes podem ser encontrados via emails, redes sociais (twitter: @pedalante / facebook: pedalantes), por meio de divulgação feita pelas mídias alternativas (como o Centro de Mídia Independente, Indymedia, revista Fórum, sindicatos e blogueiros) e se articulam também com movimentos sociais e partidos de esquerda em reuniões e atividades conjuntas.

Flávio Dino: "É preciso mobilizar o povo em defesa do Maranhão"


Pré-candidato ao Governo do Maranhão nas eleições de 2010, o deputado federal Flávio Dino inicia o ano reafirmando a disposição de disputar o cargo por uma coligação que una o PCdoB, seu partido, aos aliados históricos PSB e PT. “Estou muito motivado, com toda disposição para ajudar a mobilizar o nosso bravo povo em defesa do Maranhão”, disse.
O parlamentar comunista enfatiza que a sua candidatura ao Governo não é um projeto pessoal, mas uma exigência do momento político que vive o Maranhão. “Estou muito bem como deputado federal e seria até natural buscar a reeleição, mas no Maranhão estamos diante de grandes desafios que exigem atitudes ousadas e corajosas. Não sou pré-candidato de mim mesmo nem apenas do meu partido; estou à disposição, isto sim, de um projeto de todas as forças que queiram de fato mudar pra valer o nosso estado”, destaca.

Flávio Dino recorre às análises de pesquisas realizadas ao longo do segundo semestre de 2009 para afirmar que “é possível a vitória eleitoral de um movimento político renovador, amplo, plural e estruturado em torno de um programa capaz de realizar as mudanças concretas que o estado necessita”. Estas pesquisas, ele diz, mostram que cerca de 60% do eleitorado manifesta o desejo de renovação na política maranhense.

Depois de ter recebido sinalização da direção nacional de seu partido para disputar o Governo do Maranhão, Flávio Dino diz que a hora é de conversar intensamente com outras forças políticas, “a começar do PT e PSB, aliados históricos em âmbito nacional e local”. Ele também pretende, antecipa, abrir discussões com os movimentos sociais do Maranhão, “sem os quais não é possível fazer um governo transformador”.

Sobre a possibilidade de uma aliança envolvendo outros partidos como PDT e PSDB em torno de uma única candidatura das oposições, Flávio Dino não descarta, muito embora ache que seja uma construção difícil. “Mas considero necessário debatermos todas as possibilidades, tendo sempre como eixo a construção de uma proposta em defesa do Maranhão, o que significa essencialmente ter um programa capaz de alterar nossos péssimos indicadores sociais”, analisa.
(Jornal Pequeno)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

FÓRUNS EM JANEIRO


Kpomassé, Madri, Praga, Salvador e Grande Porto Alegre receberão os primeiros fóruns sociais de 2010

Kpomassé, Madri, Praga, Salvador e Porto Alegre estão entre as cidades que darão início às celebrações dos 10 anos do processo do Fórum Social Mundial em 2010. O calendário de eventos começará na Grande Porto Alegre, com o I Fórum Social e a I Feira Mundial de Economia Solidária, de 22 a 24 de janeiro, em Santa Maria. Logo depois, no dia 25, terá início o Fórum Social 10 anos Grande Porto Alegre. Na mesma região acontecerá também, de 26 a 28 de janeiro, o Fórum Mundial de Teologia e Libertação em São Leopoldo. Ainda no Brasil, Salvador receberá de 29 a 31 o Fórum Social Temático da Bahia.

Na cidade de Kpomassé, no Benin (África), acontecerá, de 28 a 31 de janeiro, o II Fórum Social Local do Atlântico, cujo tema será “os impactos das crises financeira e alimentar mundiais na agricultura africana: respostas e alternativas cidadãs”. Cerca de 1500 participantes são esperados. A primeira edição do evento reuniu 1200 pessoas, em 2008, na cidade de Allada. Dentre os objetivos principais do FSLA está “a defesa das posições e estratégias das diferentes organizações sociais para lutar contra os efeitos das políticas econômicas neoliberais, e a consolidação da articulação entre os movimentos sociais locais e o Fórum Social Africano para responder às expectativas do FSM 2011 em Dacar”.

No continente europeu, dois eventos irão acontecer em janeiro: de 28 a 31 será realizado o Fórum Social Mundial Madri 2010, no E.P.A. Patio Maravillas. Essa será a terceira edição do evento na capital espanhola. Entre os temas que serão discutidos estarão: crise e alternativas globais; meio-ambiente; energia e clima; Europa; América Latina; Ásia e África; economia social e comércio justo; educação; saúde; movimentos sociais; feminismo; migrações; lutas sindicais; Estado e lutas políticas; e memória histórica. Já na República Tcheca, três cidades irão receber o Fórum Social Tcheco, nos dias 29 e 30 de janeiro: Praga, Brno, e Usti nad Labem. A programação do evento inclui seminários, workshops, manifestações e eventos culturais durante a noite.

Ao longo de 2010, o processo do Fórum Social Mundial será realizado de maneira descentralizada com eventos e atividades ao redor do mundo. O objetivo principal dos eventos será acumular, a partir das análises e experiências das organizações e movimentos sociais da sociedade civil planetária, propostas para enfrentar a crise global em todas as suas dimensões – econômica, ambiental, política, alimentar, energética, cultural, etc. A convergência de todo esse processo irá acontecer em Dakar, no Senegal, durante o Fórum Social Mundial de 2011.

Berzoini diz que propaganda de Serra de fim de ano é escândalosa


Em entrevista ao site Terra Magazine, o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini diz que "nunca antes na história do Estado de São Paulo" houve tanta propaganda política como na atual administração de José Serra. Segundo ele, a publicidade é escandalosa e demonstra desespero político. Confira a entrevista:
Terra Magazine - A definição da candidatura do governador José Serra apenas em março seria melhor para a ministra Dilma Rousseff na disputa da eleição presidencial?

Ricardo Berzoini - É irrelevante. Mais cedo ou mais tarde, isso vai se definir. Na verdade, a parcela da população mais ligada à política já sabe quem são os candidatos do PT e do PSDB. Mesmo sem a confirmação, já têm esta percepção. A minha convicção é que 70% da população só vai se integrar ao processo eleitoral apenas na campanha. Portanto se a definição de algum candidato é janeiro, fevereiro ou março, para nossa visão do processo, é
irrelevante.

Mas, enquanto isso, já candidata, a ministra Dilma não vem tendo mais visibilidade e se aproximando do governador Serra nas pesquisas?

A ministra está com agenda de ministra, e não uma agenda partidária. Até o final de março, ela se dedica prioritariamente, até em função da agenda, ao governo, ela tem pouco tempo para atividade partidária. O que vai ocorrer eventualmente é que um maior número de pessoas fica sabendo que ela é a candidata do PT.

O governador Serra atribuiu à sua própria administração a geração de 800 mil empregos diretos e indiretos em 2009. Como fica a disputa pela paternidade desses números, entre PT e PSDB?

É uma tentativa desesperada de ficar sócio do sucesso do projeto do PT. A geração de emprego vem da política de estímulo à economia. Só para fazer uma comparação: no ano em que o governo federal, de uma maneira extremamente responsável, ampliou a oferta de crédito, o governo de São Paulo abriu mão do seu principal fomentador de empréstimo, que foi a Nossa Caixa. Então, na política, é legítima a tentativa do Serra, mas não resiste à menor análise do que é decisivo, no Brasil, para gerar emprego. Certamente a ação do
governo federal é a parte mais forte da geração de emprego em todo o Brasil.

Como o senhor avalia a sequência de propagandas do governo de São Paulo na televisão, no dia de Natal?

Eu acho escandalosa, é outra demonstração de desespero político. Nunca antes na história do Estado de São Paulo, teve tanta propaganda política. É Sabesp, é obra, é propaganda institucional...

O presidente Lula declarou, nesta terça-feira, que o PT perdia eleições porque não fazia alianças, "era metido a besta". O senhor concorda?

Na verdade, o PT, durante um período da sua vida, foi muito resistente a alianças de centro. Isso era característica quando Lula era presidente do PT. Depois, com o tempo, o partido passou a fazer novas alianças e, mais para a frente, chegamos à conclusão de que um partido como o PT, que tem relações políticas em todo o País, não pode ficar restrito às alianças com partidos de esquerda. Tem que fazer aliança também ao centro. E até mesmo à
centro-direita, dependendo da situação. Aliança é parte essencial de uma eleição municipal, estadual ou nacional. Você faz uma aliança momentânea, com base num projeto político, e apresenta nas eleições de uma maneira transparente. Isso não é contraditório. Em 2002, a aliança com o PL, do (vice-presidente) José Alencar, teve um papel importante até para demonstrar esta disposição do PT de apresentar um programa para o País que não era só
do PT. Era um programa que representava um projeto político que hoje, sete anos depois, é bem-avaliado pela população. Então, o presidente tem razão. Não sei se é porque era metido a besta ou tinha uma visão diferente do processo, mas antigamente o PT acreditava que, para não se expor a determinados riscos, deveria fazer aliança só com partidos de esquerda ou
nem fazer alianças.

Mas segmentos do PT ainda demonstram, na mídia, insatisfação com exageros nas aberturas permitidas a alguns aliados. Reclamam, por exemplo, do PMDB...

Esse debate já foi superado ao longo dos debates internos do PT. A maioria defende a aliança com partidos de centro e que possamos ampliar essas alianças. A nossa definição para 2010, até agora, inclui todos os partidos da base aliada do governo federal. É possível construir um programa de governo que combine a esquerda, a centro-esquerda, o centro e até a centro-direita, quando há um objetivo claro e não somente objetivos eleitorais. Se o programa de governo for bem executado, o país reconhece a legitimidade da aliança.

Da Sucursal de Brasília com informações do site Terra Magazine